sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

21 de Dezembro

 


Entrada do Sol no signo de Capricórnio, marcando o solstício de inverno no hemisfério norte, celebrado pelos povos celtas como o Sabbat Yule ou Alban Althan. Comemorava-se, nesta data, o renascimento do Sol do ventre escuro da Mãe Terra, simbolizando a renovação das esperanças, novas promessas de alegria e realizações, assegurando à humanidade que a Roda do Ano, em seu movimento perpétuo, novamente chegaria ao fim das vicissitudes do inverno e da escuridão. Desde os tempos mais remotos, a transição entre o ponto mais baixo (a noite mais longa do ano) e o início do retorno na trajetória do Sol em sua Roda Anual, era celebrada com vários rituais em todas as culturas antigas.
Para festejar o renascimento do Sol eram acesas fogueiras e tochas, ofertavam-se presentes para as divindades, reverenciavam-se as árvores sagradas (como o carvalho e o pinheiro), as plantas que representavam os poderes do Deus (como o visco) e da Deusa (como o azevinho), realizando-se também, vários rituais de fertilidade.
O mais importante símbolo do Yule era o fogo, que deveria queimar durante os doze dias das celebrações, representação da luz solar brilhando durante os doze meses. Preparava-se o tronco de Yule ou o “Yule Log”, decorado com folhagens, pinhas, nozes, maçãs, doces, galhos de visco e de azevinho. Esse tronco era guardado até o mesmo ritual do próximo ano, quando era queimado ritualisticamente e substituído.
Prepare você também um tronco de Natal, escolhendo uma tora ou um galho grosso, fazendo três furos para prender três velas, nas cores verde, vermelha e dourada.
Enfeite-o a seu gosto, mas mantenha sempre as velas acesas durante os doze dias das antigas celebrações, convidando assim os Espíritos da Luz a iluminarem a abençoarem sua casa e seus familiares.
Celebração da deusa eslava Koleda, também chamada de Kuntuja, na Rússia, comemorando a deusa Koliada, senhora do tempo, do Sol e da luz, personificando o próprio solstício de inverno. Ela simbolizava o Sol, cercada pelas forças da escuridão, precisando de ajuda da humanidade para vencê-las. Essa tarefa era executada pelas mulheres, que estimulavam, por meio de rituais, o poder procriador da Deusa. Com o passar do tempo, Koliada foi transformada em deus e, nesta data, celebrava-se seu nascimento. Koliada ou Kulada, permaneceu mas disfarçada na figura de São Nicolau, o velhinho bondoso que ajudava as mulheres no trabalhos de parto. Na Rússia, celebrava-se também Maslenitza, a deusa da fertilidade e da agricultura.
Comemoração de Tonan ou Tlakatellis, uma das manifestações da Grande Mãe asteca. Ainda hoje o povo Nahua reverencia-a, colocando guirlandas de calêndulas e folhas em suas estátuas ou nas de sua “substituta” a Virgem de Guadalupe.

*informações extraídas do livro “ O Anuário da Grande Mãe”, de Mirella Faur.

 

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