Entrada do Sol no signo de Capricórnio, marcando o solstício de
inverno no hemisfério norte, celebrado pelos povos celtas como o Sabbat
Yule ou Alban Althan. Comemorava-se, nesta data, o renascimento do Sol
do ventre escuro da Mãe Terra, simbolizando a renovação das esperanças,
novas promessas de alegria e realizações, assegurando à humanidade que a
Roda do Ano, em seu movimento perpétuo, novamente chegaria ao fim das
vicissitudes do inverno e da escuridão. Desde os tempos mais remotos, a
transição entre o ponto mais baixo (a noite mais longa do ano) e o
início do retorno na trajetória do Sol em sua Roda Anual, era celebrada
com vários rituais em todas as culturas antigas.
Para festejar o renascimento do Sol eram acesas fogueiras e tochas,
ofertavam-se presentes para as divindades, reverenciavam-se as árvores
sagradas (como o carvalho e o pinheiro), as plantas que representavam os
poderes do Deus (como o visco) e da Deusa (como o azevinho),
realizando-se também, vários rituais de fertilidade.
O mais importante símbolo do Yule era o fogo, que deveria queimar
durante os doze dias das celebrações, representação da luz solar
brilhando durante os doze meses. Preparava-se o tronco de Yule ou o
“Yule Log”, decorado com folhagens, pinhas, nozes, maçãs, doces, galhos
de visco e de azevinho. Esse tronco era guardado até o mesmo ritual do
próximo ano, quando era queimado ritualisticamente e substituído.
Prepare você também um tronco de Natal, escolhendo uma tora ou um galho
grosso, fazendo três furos para prender três velas, nas cores verde,
vermelha e dourada.
Enfeite-o a seu gosto, mas mantenha sempre as velas acesas durante os
doze dias das antigas celebrações, convidando assim os Espíritos da Luz a
iluminarem a abençoarem sua casa e seus familiares.
Celebração da deusa eslava Koleda, também chamada de Kuntuja, na Rússia,
comemorando a deusa Koliada, senhora do tempo, do Sol e da luz,
personificando o próprio solstício de inverno. Ela simbolizava o Sol,
cercada pelas forças da escuridão, precisando de ajuda da humanidade
para vencê-las. Essa tarefa era executada pelas mulheres, que
estimulavam, por meio de rituais, o poder procriador da Deusa. Com o
passar do tempo, Koliada foi transformada em deus e, nesta data,
celebrava-se seu nascimento. Koliada ou Kulada, permaneceu mas
disfarçada na figura de São Nicolau, o velhinho bondoso que ajudava as
mulheres no trabalhos de parto. Na Rússia, celebrava-se também
Maslenitza, a deusa da fertilidade e da agricultura.
Comemoração de Tonan ou Tlakatellis, uma das manifestações da Grande Mãe
asteca. Ainda hoje o povo Nahua reverencia-a, colocando guirlandas de
calêndulas e folhas em suas estátuas ou nas de sua “substituta” a Virgem
de Guadalupe.
*informações extraídas do livro “ O Anuário da Grande Mãe”, de Mirella Faur.
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