Celebração
de Python, a grande serpente pré-helênica. Filha partenogênica da Terra,
nascida da lama após o Dilúvio. Na mitologia grega, Python era filha da deusa
Hera, nascida sem a interferência de Zeus e morava sob a fonte sagrada de
Delphi. Python personificava o espírito profético do Oráculo de Delphi,
comunicando-se por meio das Pitonisias, as sacerdotisas oraculares. Por viver
dentro da terra, Python conhecia todos os segredos e transmitia-os pelo transe
apenas para as mulheres. Mesmo após a usurpação do templo que pertencia à Mãe
Terra pelos sacerdotes de Apolo, o oráculo continuava pertencendo às
Pitonisias.
Purificação anual de Pythia, a sacerdotisa de Delphi.
Antes de começar as profecias, Pythia e todos aqueles que consultavam o
oráculo, eram submetidos a uma purificação ritualística com fumigações, devendo
mastigar folhas de louro.
Celebração da deusa serpente Uadjit, protetora do baixo
Egito e do delta do Rio Nilo juntamente com a deusa Neckhebet. Juntas, elas
formavam Neb Ti, o símbolo da unificação do Egito. Uadjit ou Buto, era descrita
como uma serpente alada, coroada e com rosto de mulher.
Nas antigas culturas e tradições, a serpente era o
símbolo da vida, da morte e do renascimento, o poder transformador e
regenerador da Deusa. O cristianismo deturpou o significado sagrado,
transformando-a em uma imagem maléfica. No entanto, ainda persistem costumes e
tradições folclóricas homenageando o poder regenerador das serpentes, como a
Festa dei Serpari, em Abruzzi na Itália, onde milhares de pessoas vão em
procissão, segurando serpentes nas mãos, até a igreja construída sobre um
antigo templo dedicado à sereia Circe. Depois da festa, as pessoas comem pães
em forma de círculo (“ciambelle”), relembrando, sem saber, o antigo ritual de
celebração da Deusa.
Comemoração budista dos mortos.
*informações extraídas do livro “ O Anuário da Grande
Mãe”, de Mirella Faur.
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