sexta-feira, 28 de maio de 2021

28 de Maio

 


Celebração de Python, a grande serpente pré-helênica. Filha partenogênica da Terra, nascida da lama após o Dilúvio. Na mitologia grega, Python era filha da deusa Hera, nascida sem a interferência de Zeus e morava sob a fonte sagrada de Delphi. Python personificava o espírito profético do Oráculo de Delphi, comunicando-se por meio das Pitonisias, as sacerdotisas oraculares. Por viver dentro da terra, Python conhecia todos os segredos e transmitia-os pelo transe apenas para as mulheres. Mesmo após a usurpação do templo que pertencia à Mãe Terra pelos sacerdotes de Apolo, o oráculo continuava pertencendo às Pitonisias.

Purificação anual de Pythia, a sacerdotisa de Delphi. Antes de começar as profecias, Pythia e todos aqueles que consultavam o oráculo, eram submetidos a uma purificação ritualística com fumigações, devendo mastigar folhas de louro.

Celebração da deusa serpente Uadjit, protetora do baixo Egito e do delta do Rio Nilo juntamente com a deusa Neckhebet. Juntas, elas formavam Neb Ti, o símbolo da unificação do Egito. Uadjit ou Buto, era descrita como uma serpente alada, coroada e com rosto de mulher.

Nas antigas culturas e tradições, a serpente era o símbolo da vida, da morte e do renascimento, o poder transformador e regenerador da Deusa. O cristianismo deturpou o significado sagrado, transformando-a em uma imagem maléfica. No entanto, ainda persistem costumes e tradições folclóricas homenageando o poder regenerador das serpentes, como a Festa dei Serpari, em Abruzzi na Itália, onde milhares de pessoas vão em procissão, segurando serpentes nas mãos, até a igreja construída sobre um antigo templo dedicado à sereia Circe. Depois da festa, as pessoas comem pães em forma de círculo (“ciambelle”), relembrando, sem saber, o antigo ritual de celebração da Deusa.

Comemoração budista dos mortos.

*informações extraídas do livro “ O Anuário da Grande Mãe”, de Mirella Faur.

 

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